É mais que um besouro!
Um perfil direfenciado, uma espécie de "scoop" em fibra e um emblemático S apontavam para algo especial!
É um Bizorrão!
Um raríssimo Super-Fuscão - foram fabricados por cerca de um ano e meio - pôde ser visto e admirado durante as comemorações do Dia Nacional do Fusca. Deverá brilhar também no Encontro Mensal de Veículos Antigos, hoje, no Parque da Cidade.
Poucos modelos poderiam representar melhor a união e - benéfica - interação entre os Clubes de Salvador, visto que o "garimpeiro" e feliz proprietário é sócio do Veteran Car Club da Bahia e do Clube do Fusca da Bahia.
Trata-se de Carlos Carvalho, que conheci durante uma das viagens do Veteran à Ilhéus. Na época Carlos tinha em belo BMW, e a preferência por marcas germânicas se confirma nessa "jóia" descoberta nas "Minas Gerais", Belo Horizonte para ser mais exato.
O Bizorrão, apelidado pela própria VW na época de fabricação - entre 1974 e 1976 - foi resultado de um "teste" para medir a receptividade dos fusqueiros aos motores 1600, que já equipavam as Brasílias. Foram fabricadas apenas 19.686 exemplares, a maioria - acredita-se - destruídos ou descaracterizados, já que eram muito utilizados em corridas de rua.
Daí a raridade mencionada!
Voltado ao público jovem, o modelo cativou o target da época por apresentar um pacote de acessórios exclusivos, um verdadeiro "veneno" de fábrica.
Curiosa propaganda da época, esclarecia o público-alvo
O motor 1600 recebeu carburação dupla - ganhando apenas 4cv extras - mas garantindo a maior velocidade de fábrica entre os besouros - 136 km/h. O escapamento era lateral - como o futuro modelo Itamar - mas as aberturas centrais continuaram, afinal era anti-econômico fazer nova estampagem para tão poucos exemplares.
Externamente chamavam a atenção as rodas de Brasília (5 x 14") - que rebaixavam um pouco o fuscão e melhoravam o desempenho. Outro atrativo era a tomada de ar (scoop) que cobria os buracos da tampa traseira, visto que as conhecidas grelhas foram totalmente removidas.
Tampa original do 1600S, com abertura total para a tomada de ar.
Essa capa foi copiada e vendida largamente como acessório para os outros modelos, mas eram de material inferior. Há anos que eu não via um "scoop" original.
O interior era recheado de detalhes inéditos e exclusivos, como os bancos reclináveis e relojoaria completa. Aliás o painel era uma caso à parte: conta-giros à esquerda do volante, console metálico no centro-inferior do painel com termômetro de óleo, amperímetro e relógio de horas. O velocímetro, com grafismo diferenciado, marcava até 160 km/h. O volante, esportivo de menor diâmetro, tinha design e revestimento exclusivo. A alavanca de câmbio, mais curta, visava proporcionar engates mais rápidos e precisos.
Só apresentavam quatro cores: branco lótus, vermelho rubi e dois tons de amarelo, imperial e caiçara. Um encarte da época evidenciava todas as "modificações" da "série experimental". Observem o apelido oficial do VW e as expressões escolhidas para caracterizar o "besouro vitaminado".
Reprodução do encarte: fuscadorock.blogspot.com
Os 1600 "normais" entraram em produção logo depois, sem os cativantes ítens "speciais" !
Parabéns Carlos, essa "importação" confirma a força do antigomobilismo na Bahia!
Dados técnicos: Fusca, uma Paixão, de Fábio Kataoka - Editora Escala
eugostaria muito de conpra um fusca bessorao amarelo
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