Pintando o 7
Mais uma etapa foi vencida para devolver o Puma de Campêlo ao seu lugar de direito: as ruas ... ou exposições.
Outra plataforma - estou virando freguês - e o tubarão voltou à oficina de pintura.
Antes foi necessário um contato com Felipe Nicoliello, presidente do Puma Clube e especialista em feras. Único responsável pelo mega-sucesso do blog http://www.pumaclassic.com.br/ , Felipe, sempre acessível, esclareceu a questão da cor. Acompanhem o e-mail e aproveitem as imagens nas entrelinhas.
Nessa época (1973) a Puma pintava de branco Lotus VW, mas existia também o branco Nevasca Ford 72 (Cód. 5100 Wandalac). Esse deve ser aceito, porque existia a possibilidade de encomendar, à Puma, uma cor de linha de alguma montadora nacional, encarecendo o produto.
Já a partir de final de 1975 essa possibilidade deixou de existir, sendo somente atendido as cores do catálogo Puma.
Valeu Felipe!
Ficamos num impasse: priorizar a originalidade de fábrica ou daquele modelo específico?
Campêlo resolveu a questão, lembrando do branco Everest II. Como já mencionei, preferimos resgatar as características daquele Puma de competição, mesmo abrindo mão de uma viável placa preta.
O importante é que os brancos se assemelham, sendo mais alvos do que o branco lotus. O Everest não passaria pela vistoria por ser de fabricação posterior a 1975, portanto, impossível para a pintura sob encomenda.
A técnica de pintura também foi reforçada pela contribuição de Felipe, que serve de orientação para qualquer repintura em fibra de vidro. Aproveitem!
Na fibra nunca deve ser aplicado nenhum produto agente corrosivo, como removedores de tinta.
Nunca use água para lixar, porque a fibra é porosa e a água penetra na fibra e fica depositada até receber alta temperatura, quando vai entrar em eclosão e evaporar, sendo barrada pela camada de tinta, criando as famosas bolhas. O gel funciona como protetor para esse caso.
Se o Puma recebeu lixa d'água, deverá deixá-lo ao sol por mais ou menos 15 dias.
Depois, aplique gel primer onde não existe gel na carroceria (local consertado ou raspado), pode ser com pincel, isolando assim a camada de fibra com a futura pintura.
A CAMADA DE FIBRA COM RESINA DEVE ESTAR TOTALMENTE PROTEGIDA COM GEL PRIMER. SE NECESSÁRIO, APLIQUE GEL PRIMER NO CARRO INTEIRO.
Deixe secar por dois dias, depois lixe o local aplicado com uma mistura de detergente incolor neutro 1/3 com 2/3 de água, isso vai tirar o "pegajoso" do gel. Depois, lixe o carro inteiro e aplique fundo primer de base PU no carro todo, que ajuda no isolamento da pintura. Após, mantenha o procedimento normal de pintura automotiva.
Bom trabalho.
Para saber mais: www.pumaclassic.com.br/2010/06/repintura-sobre-fibra-de-vidro.html
O excelente trabalho ficou por conta de Adilson "Vaqueiro", já conhecido pelo "brilho" do Jeep azul que enfeita o cabeçalho e do Gurgel laranja que estreou no Campo Grande 2010. Quem é do meio sabe a maior dificuldade para o avanço do antigomobilismo: a mão de obra! É um prazer, e um alívio, poder afirmar que "Vaqueirinho" é uma exceção.
O "quantil" do interior e dos compartimentos ficou por conta de Rai Gaspari, bastante "carregado" no cinza e no branco, como o original. No 7 cobre também o lastro e a caixa defletora do radiador de óleo.
Por falar em brilho, é importante ressaltar que, nas fotos, o Puma ainda está sem polimento.
O 7 começa a entrar em forma!
Dicas importantissímas!
ResponderExcluirTá desvendado o mistério das bolhas nos carros de fibra :
Uma explicação simples : A Agua que fica acumulada nos poros da fibra, e posteriormente evaporam.
E Uma solução mais simples ainda : Não utilizar água no lixamento da fibra.
Valeu!
Marco Medeiros
Olá amigo! Tudo bem? Qual foi a oficina que vc pintou o Puminha? Acabei de comprar uma GTS e preciso reformar a fibra quase toda. Se não for muito incomodo, poderia passar o contato via e-mail para: klausmba@hotmail.com? Muito Obrigado!
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