segunda-feira, 16 de maio de 2011

O Mililitro mais caro do mundo !

   
Ouro Negro

Apesar da extorsão verde / amarela impetrada pela Petrobras e parceiros, que insistem em tirar o suado dindim do bolso de pacatos consumidores brasileiros - gasolina a R$ 3,00 - não é do petróleo que estou falando!

Alguém, via net, já provou que a tinta das impressoras é o líquido em questão, utilizando matemática elementar para determinar o preço do mililitro. Resultado: superior a combustível de foquete, óleo, ouro líquido, platina pura ou congêneres.

Em tempos de dólar "barato" e economia de escala - volume de fabricação / custo da produção - esse raciocínio infelizmente ainda procede, porém, por outros motivos.

O valor unitário do cartucho mais que dobrou, não por mágica, e sim pela "sabedoria" e desrespeito ao consumidor. A HP por exemplo, "atendo aos anseios dos incautos", lançou cartuchos com 1/4 do volume de tinta para torná-lo acessível por um desembolso menor ... mas "esqueceu" de reduzir o preço na mesma proporção. Virou até peça promocional: cartuchos pela "metade" do preço.

Vale ressaltar que essa "estratégia" foi escolhida para "democratizar" a tecnologia e combater a recarga paralela de cartuchos. Claro que a ameaça - leviana - de anular a garantia fazia parte do "pacote"!

A tal recarga de tinta - muito mais barata apesar de (algumas vezes) discutível qualidade - deveria "igualar" a equação, correto? Aí que entra a criatividade do fabricante, que aposta no desperdício de recursos para a manutenção dos lucros exorbitantes.

Funciona assim: a cada "limpeza" do cabeçote, necessária após algumas impressões, um impressionante volume de tinta é jogada fora, numa esponja de coleta. A pista da roubalheira é dada pelo manual de instruções, quando aponta que a primeira carga renderá menos impressões, em função do enchimento dos tubos e cabeçotes, além dos procedimentos de alinhamento e limpeza.

Na prática, apenas três limpezas são suficientes para praticamente esvaziar um cartucho.

Tem mais: quando a produção alcança um certo patamar - supostamente o ponto de saturação da esponja - a impressora pára de funcionar e exige uma cara manutenção.

O técnico, pago a "peso de tinta", troca a esponja, destrava a máquina - via software - e limpa o cabeçote, usando a tinta do usuário !!!!!

Como para todo mau ladrão existe um  bom pirata, alguns procedimentos podem ser adotados para a redução do prejuízo: tinta alternativa de boa qualidade, bulk de recarga (dispositivo externo de maior volume) e frasco externo para expurgo da tinta desperdiçada!

Apesar do travamento ser comandado pela quantidade de impressões, o território livre da internet disponibiliza o software necessário para liberar a impressora.

Ponto para os "bucaneiros"!

Para vocês entenderem a extensão do problema, vejam a foto do reservatório de expurgo, cheio após três sessões de limpeza. A tinta desperdiçada apresenta-se preta, mas é a mistura resultante das quatro cores originais: preto, azul, amarelo e vermelho.

Observem que o problema é múltiplo de quatro.


O volume pode ser intuído pela comparação com o tamanho da caneta.

Antes que aleguem que a postagem é off, saibam que a motivação foi a impressão de oito páginas do blog para presentear um amigo!

        

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