sexta-feira, 3 de junho de 2011

Fórum sobre Automobilismo (02) - O Dia D

     
Foi dada a largada !

As sementes foram lançadas em, aparente, terra fértil e os frutos certamente brotarão.

Esse é o sentimento das várias testemunhas de um novo tempo para o Automobilismo baiano.

Que venha o autódromo!


O Fórum sobre Automobilismo, proposto pelo piloto / antigomobilista Lício Caldas e capitaneado pelo Deputado José Neto, foi realizado ontem - 02 de junho de 2011 - na Assembléia Legislativa do Estado.


Com forte presença de vários segmentos do Auto/Antigomobilismo local, o fórum foi uma oportunidade para a divulgação e sincronização de iniciativas e sugestões, além de clarear o posicionamento de cada setor  - público ou privado - envolvido no processo e futura logística.


Vale registrar uma presença marcante do grupo da Arrancada.


A mesa foi composta com grande propriedade e representatividade: Agerba, Detran, Derba. FAB, Assembléia Legislativa, Secretaria de Turismo e Veteran Car Club. Um verdadeiro "alinhamento de astros", cuja influência e "atração gravitacional" poderia ser sentida no ar!

O Deputado José Neto, líder do governo na câmara, deu início aos trabalhos, utilizando sua posição como antigomobilista - Chevrolet Bel Air e Rural - para caracterizar a ambientação e iniciar as explanações. Efetivou a composição da mesa e geriu a entrega da palavra.


Selma Morais, presidenta da FAB - Federação de Automobilismo da Bahia, fez um rápido e eloquente discurso sobre o histórico e as perspectivas do automobilismo no Estado. Cuidando para deixar dados inéditos sobre a Stock Car para o Secretário de Turismo, passeou por todos os temas e categorias, incluindo a crise do Kart (perda do Kartódromo para o Centro de Judô) e as expectativas do esporte motorizado. Mencionou a parceria com a UFBa para o desenvolvimento do projeto e sugeriu um espaço em Camaçari para a implantação.


Em seguida, elogios e apoio dos orgãos envolvidos, principalmente o Derba, responsável pela brilhante pavimentação do Centro Administrativo, circuito de rua da Stock Car.

O Veteran Bahia se fez representar por Gouveia, figura carimbada do meio e gestor do Jeep Club do Brasil - Bahia. Coube-lhe a grata tarefa de combinar duas sugestões do Clube de Antigomobilismo: o espaço - vislumbrado pelo Rodder Ulisses Britto que desenvolveu também um esboço (anexo) - com o projeto integral, encomendado por Jorge Cirne, ex-presidente do Veteran. O projeto, de última geração, apresenta um centro de excelência para as diversas categorias, incluindo uma reta exclusiva para dragsters (arrancada).


O espaço, extremamente bem localizado - Br 324 / Aeroporto - foi rotulado como um "dos mais cobiçados dos terrenos do Governo", mas causou surpresa, admiração e angariou apoios de imediato. As opções de acesso, espaço para estacionamentos, proximidade da cidade, do aeroporto e, consequentemente, da rede hoteleira falam por si!


O Secretário de Turismo Domingos Leonelli fez uma feliz explanação sobre os resultados da Stock Car na Bahia, incluindo os ganhos indiretos com Turismo e geração de empregos, além de expressivos valores calculados em inserções na mídia espontânea (propaganda gratuita) - mais de 30 milhões de reais (6x o investimento do 1º e mais caro ano).

Observem o esboço de Ulisses Britto sobre a mesa
Num aparente antagonismo, surpreendeu a todos com um posicionamento contrário ao autódromo, defendendo o circuito de rua como tendência. Confessou-se um dos incrédulos no período antes da Stock Car e satisfeito com os resultados obtidos. Conflitantemente, defendeu a isenção do governo na manutenção de autódromos, mencionando um prejuízo anual e sem sentido, desconsiderando os já apontados lucros indiretos.


Era um indiscutível ruído na comunicação, que para o bem de todos, logo foi esclarecido. Num aparte de Selma Morais, ficou claro que a reinvidicação era apenas o apoio do Estado e a cessão do terreno, ficando a implantação e manutenção por conta da iniciativa privada.

Passado o "atrito" involuntário, o alinhamento retornou, com um visível apoio por parte do Secretário.

Um aparte: o circuito de rua, elogiado por Leonelli, é restrito e limitado, permitindo apenas uma prova por ano. As outras categorias, o emprego contínuo, o desenvolvimento e descoberta de novos valores no esporte, a extinção das corridas clandestinas de rua, a alta no índice de turistas e taxas de ocupação nos hotéis, etc, seriam solene, e prejudicialmente, ignorados.


Provando a hipótese, Jorge Cirne - empresário, antigomobilista e ex-presidente do Veteran Bahia - esclareceu que o projeto encomendado por ele foi orçado em 52 milhões de reais, sendo que ele assumiria uma das quotas de investimento e cuidaria pessoalmente da prospecção dos empresários restantes.

Se há uma unanimidade no segmento é o sucesso das gestões profissionais, em detrimento ao peso da máquina pública. Selma mencionou a possibilidade de 35 eventos anuais de grande porte, fora as escolas de pilotagem, empresas de preparação, atividades menores e constantes.

Quem tiver dúvidas, estude o case do Velopark (RS), o autódromo mais rentável do Brasil! Até um taxi-dragster - bólido de arrancada com três lugares - eles têm, para que as pessoas comuns possam experimentar, diariamente se quiserem,  a sensação da aceleração de 0 a 400 km/h em seis segundos (aproximadamente).


Há garantias?
        
Não!
         
Há apenas a certeza de que a luta vale a pena, e os primeiros passos foram dados: o debate, a união, o alinhamento e a ação.

Bandeira Azul para os pessimistas!
     
       

2 comentários:

  1. Parabens Carlos, pela brilhante colocação com imparcialidade e ética, continue assim relatando o que viu e corretamente, estou sugerindo esse blog para nossas discurções pois vc trouse a imformação com responsabilidade sendo fiel ao que presenciou, cito o blog do nosso conhecido Raphael que numa colocação infeliz relatou de forma errada o que aconteceu na reunião, não o culpo diretamente pois isso deve ter sido passado a ele dessa forma, , mais preiszamos de responsabilidade no que falamos, mais sei que ele é uma pessoa séria e vai corrigir o que postou, agradeço novamente sua atenção e vamos em frente tocar isso , e não esqueça da minah vaga na formula classic com um Bianco que é minha paixão nacional.
    Licio Caldas

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  2. Prezado Carlos e Lício,

    O que eu postei no meu blog http://automobiismobaiano.blogspot.com foi ratificado aqui, Leonelli teve uma postura de defender as provas de rua em detrimento da construção de um autódromo pelo Governo Estadual, revertendo, parcialmente, seu entendimento, quando foi colocado que o grupo queria apenas o terreno e que a construção e custeio seriam atarvé de uma parceria públicoxprivada, uma PPP.
    Reafirmo que ele e toda cúpula do Governo (trabalho no GAB / SEFAZ), ainda estão com a mentalidade equivocada, de que um autódromo é um "elefante branco". Apenas um estudo sério, feito por um entidade credenciada pode desfazer essa imagem, talvez este trabalho da UFBA aponte nesta direção, provando que os impostos gerados com movimentação econômica Justificam o investimento público, além de ganhos de emprego, turismo e renda.
    Venho estudando este tema há pelo menos 15 anos, o VeloPark não é um bom exemplo de comparação, lá a família GERDAU fez e a cultura de automobilismo no Rio Grande do Sul é intensa, é a exceção que justifica a regra, no resto do país observa-se um movimento de PUBLICIZAÇÃO dos espaço o mais recente foi Cascavel no Paraná que foi Municipalizado.
    PÚBLICO X PRIVADO isso dá uma tese de mestrado!!!!a realidade é que quando um negócio é viável a inicitiva privada se movimenta e viabiliza rapidamente, o Col da Stock, A Família Massa do Racing Festival e a Fórmula Truck, NUNCA PENSARAM em construir Autódromos por que? Desta forma, sem a iniciativa privada, as PPP´S não se realizam.
    Temos que ter um ESTUDO Técnico apontando a viabilidade PÚBLICA, senão já era!!!!
    PS: A outra alternativa é um milionário baiano apaixonado por corridas querer fazer, pode ser uma saída, comecei a jogar na MEGA, quem sabe!!!!

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