quinta-feira, 9 de junho de 2016

Revisitando 2010

Rastro de Onça: Peteleca?

(Reedição em comemoração aos 06 anos do PSB)

Quem vivia em Salvador nos anos 70 deve lembrar da famosa Peteleca, suçuarana - ou onça parda - que fugiu do Zoológico e  circulou por meses nas matas da Barra, Ondina e muitos outros bairros. Provocou medo em alguns, curiosidade na maioria e atiçou a imaginação das crianças, que chegavam a organizar "expedições de caça".

Infelizmente, por motivo de segurança, foi abatida pelo comentarista e ex-deputado Luis Sampaio e jaz empalhada no museu do zoo. Sua epopéia marcou tanto a cidade que chegou a receber votos na eleição da época.


Vocês devem estar imaginando a razão dessa lembrança e a resposta é muito simples: foi localizado um novo "rastro de onça".

A boa notícia é que, desta vez, o final da história promete ser feliz! 

Explico: a suçuarana, ou onça parda, felino poderoso e solitário, é mundialmente conhecida como Puma.


Depois de 20 anos "entocada", outra "fera" famosa foi finalmente localizada! 

A primeira pista foi uma "pegada" característica - jante das décadas de 70 e 80 que equipavam os Biancos e outros carros da época - com um pneu exótico e uma gravação no mínimo inquietante: exclusivo para competição.


Era um pneu Maggion, modelo slik (sem ranhuras), que oferece o máximo de aderência em pista seca. 

Realmente a "caçada" prometia! 

Seguindo o rastro da fera, facilitado pelo cheiro de gasolina de alta octanagem para aviões, não demorou muito para encontrar a toca que acolheu uma hibernação de tantos anos.


Para os que ainda não adivinharam, mesmo depois de tantas dicas, tenho o privilégio de comunicar que o antigomobilismo esportivo está em festa: 

O famoso Puma de Campêlo foi localizado!


Após incontáveis vitórias nas competições de arrancada, o Puma modelo tubarão aposentou-se - invicto - e foi recolhido numa garagem perto do aeroporto. 

Muito bem preservado, apresentava algumas marcas naturais do tempo. Tinha ainda o número adesivado na porta, registro da época em que "pintava o sete" nas pistas. 

Podíamos notar resíduos de cola dos outros adesivos, que representavam os patrocinadores do carro e das provas. Só um detalhe destoava naquela histórica cena: estava sem a incrível mecânica que assombrava os adversários!


Apresentado a Campêlo, construtor e piloto do mítico puminha, tive a oportunidade de testemunhar o valor e o cuidado dedicado ao motor da fera: estava devidamente desmontado e guardado no próprio guarda-roupa, juntamente com todas as peças retiradas do carro durante o processo de "emagrecimento". 

Aliviar o peso - retirando os componentes supérfluos - é um dos primeiros procedimentos na preparação dos bólidos de corrida.


Agora, a melhor notícia de todas: 
Campêlo convenceu-se de que este marco do automobilismo baiano deve ser exposto e festejado.

A fera já saiu da toca!


Em processo de restauração - é o carro do segundo desafio - breve teremos novidades.

Com todas a peças "aliviadas" aparentando estado de zero km, seria muito fácil montar um exemplar original, candidato a placa preta (veículo de coleção), mas que graça teria?

Além do mais, a história do automobilismo na Bahia, apesar de ainda subvalorizada, é inalienável!


Aguardem futura postagem com algumas informações e curiosidades da preparação. 

Vocês sabiam que muitas pessoas afirmam que a fibra foi lixada até o limite, sobrando apenas uma fina camada (bolha), com o objetivo de reduzir ainda mais o peso?

Será que é verdade?

Um comentário: