Qual a vantagem?
(Original MiniMax - 15/06/2013)
Qual a graça em colecionar miniaturas - geralmente em metal - sem a possibilidade de acelerar o veículo de verdade?
Apesar de reconhecer algumas limitações, posso garantir que as vantagens são muitas! Para não exagerar, citarei apenas quatro:design, custo, espaço e acessibilidade.
Acredito que a mais importante é a acessibilidade: alguns modelos são inatingíveis, seja por valor, antiguidade, raridade ou até inexistência.
Observem, por exemplo, o Carcará - protótipo brasileiro recordista de velocidade - cujo original foi vendido para o ferro-velho a preço de alumínio. Seria apenas fotos, caso não existissem os modelos em escala reduzida.
Quantos protótipos, ou carros conceito, nunca chegaram à fase de fabricação? Quantas jóias se perderam ao longo do tempo, principalmente num país sem memória? Quantos exemplares, mesmo preservados, são únicos, portanto inacessíveis ?
Essa é uma das principais motivações do blog, que pretende unir a "mania de carrinhos" com a história dos "carrões". As outras vantagens abordaremos ao longo do tempo.
Vamos começar com um dos meus primeiros exemplares, um conceito único ...
Observem, por exemplo, o Carcará - protótipo brasileiro recordista de velocidade - cujo original foi vendido para o ferro-velho a preço de alumínio. Seria apenas fotos, caso não existissem os modelos em escala reduzida.
Quantos protótipos, ou carros conceito, nunca chegaram à fase de fabricação? Quantas jóias se perderam ao longo do tempo, principalmente num país sem memória? Quantos exemplares, mesmo preservados, são únicos, portanto inacessíveis ?
Essa é uma das principais motivações do blog, que pretende unir a "mania de carrinhos" com a história dos "carrões". As outras vantagens abordaremos ao longo do tempo.
Vamos começar com um dos meus primeiros exemplares, um conceito único ...
O Runabout de Bertone
Miniatura Gorgi Toys, fabricado na Inglaterra, década de 1970
Ele se parece com um bugre, um carro esporte e uma lancha ao mesmo tempo! É um exercício de estilo executado pelos designers doStúdio Bertone, que liberaram a imaginação sem a preocupação com convenções obrigatórias para os automóveis. Enfim, um protótipo apenas para experiências e exibições, sem viabilidade para fabricação em série - lembram da questão da acessibilidade?. O pára-brisa muito baixo, os faróis no santantônio e a falta de retrovisor externo são alguns dos ítens que comprovam a impossibilidade do uso normal.
Quatro Rodas
Como experiência, o Runabout testava conceitos que poderiam ser utilizados em carros do futuro. Os para-lamas, por exemplo, eram cambiáveis e poderiam se adaptar à largura e tala dos pneus usados. Montado com mecânica do Fiat 128 sobre o eixo traseiro, bastando inverter a posição do pinhão e coroa no diferencial para transformar a tração dianteira em traseira.
A revista Quatro Rodas teve acesso ao protótipo e escalou nada menos do que Emerson Fittipaldi para o teste. O que mais chamou a atenção de Emerson foi a falta de instrumentos - reduzido a luzes espia e um único módulo parecendo uma bússola - e o pára-brisa baixo, reforçando a aparência de uma lancha. O efeito estético foi considerado excelente.
Emerson na Quatro Rodas
Como já mencionado, os protótipos não servem apenas para divulgação, afinal, algumas inovações podem ser aproveitadas em veículos de linha.
Curiosidade
O Runabout serviu de base para o estilo de um novo carro da Fiat italiana que, por sua vez, serviu de inspiração para uma réplica brasileira.
O protótipo Bertone foi "civilizado" - com a inclusão de ítens indispensáveis ao uso normal - e lançado pela Fiat em 1972, com o nome X 1/9. Produzido até 1988, foi o carro com motor central mais vendido de todos os tempos, atingindo a marca de 170.000 unidades.
Aqui no Brasil a réplica - em fibra - do X 1/9 recebeu o nome de Dardo. O projeto (1978) da Corona S/A, pertencente ao grupo Caloi, foi capitaneado por Toni Bianco, que conheceu o Fiat no Salão de Turim em 1977.
Apresentava mecânica 1.3 do Fiat Rallye, montado entre-eixos como o original.
Os instrumentos foram herdados do mesmo 147 esportivo.
Apesar de exótico, caro e chamativo, apresentava acabamento precário, problemas crônicos no câmbio - genética 147 - e desempenho não compatível com o design. Saiu de linha em 1985, com cerca de 300 unidades produzidas.
Apesar dos problemas apontados, é um modelo raro e belíssimo, além de apresentar o DNA do ...
Runabout Bertone
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